CLÍNICA ALPINO

AUDIOMETRIA, TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL, FIBRONASOLARINGOSCOPIA, BERA.
DOENÇAS DO OUVIDO, NARIZ E GARGANTA

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Surto de Meningite em Ouro Branco/ MG. O que você precisa saber?

O que é meningite?
Meningite é a inflamação das membranas (denominadas“meninges”) que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

O que causa meningite?
Vários tipos diferentes de vírus e bactérias podem causar meningite. Para verificar se alguém está com meningite e para saber qual o agente que causou a doença, coletam-se amostras de sangue e do líquido cefalorraquidiano ou líquor (líquido da
espinha). Esses exames, além de beneficiar o paciente, pois o resultado é rápido e indica o tratamento mais adequado, também beneficia a comunidade, pois define quais as medidas de controle a serem adotadas com as pessoas que conviviam com o paciente, se forem necessárias.

Quais bactérias causam meningite?
Três espécies de bactérias são as principais responsáveis por causar meningite.

A Neisseria meningitidis pode causar doença em pessoas de todas as idades. Em qualquer momento da vida, cerca de 5 a 15% das pessoas têm estas bactérias na garganta ou nariz, porém não ficam doentes. A transmissão ocorre pela saliva por meio do beijo, do compartilhamento de alimentos, de bebidas ou de cigarros, assim como por contato próximo a pessoas infectadas que estejam tossindo ou espirrando. As pessoas que tiveram contato íntimo com a saliva de alguém com meningite causada por este tipo de bactéria podem necessitar de tratamento preventivo com
antibiótico para não adoecer. Os principais sorogrupos de meningococo são A, B e C, sendo o sorogrupo C atualmente o mais freqüente. A meningite causada por estas bactérias é chamada “meningocócica”. A meningite por meningococo tem importância devido à gravidade do quadro clínico, rápida evolução e pela possibilidade de causar surtos ou epidemias. Existem vacinas que podem ser aplicadas para ajudar na prevenção de alguns sorogrupos de meningite.

O Haemophilus influenzae também pode causar meningite, sendo o tipo b o mais comum. A vacina chamada “Hib”, contra o tipo b, evita esta doença em bebês muito novos e crianças. Pessoas que tiveram contato íntimo com a saliva de pessoas com
meningite causada por este tipo de bactéria podem necessitar de tratamento com antibiótico para não adoecer.

O Streptococcus pneumoniae causa infecções nos pulmões e no ouvido, mas também podem causar a meningite “pneumocócica”. Existem vários sorotipos de pneumococo. A maioria das pessoas que tem estas bactérias na garganta continua
saudável. No entanto, indivíduos com problemas crônicos de saúde ou com o sistema imune enfraquecido, assim como os muito jovens ou muito velhos, têm risco aumentado de apresentar meningite pneumocócica. A meningite causada pelo Streptococcus pneumoniae não é transmitida de pessoa para pessoa. As pessoas com contato próximo com alguém que tenha meningite pneumocócica não precisam tomar antibióticos, preventivamente.

E os vírus?
A meningite viral, também chamada de meningite asséptica, é bem mais freqüente que a meningite bacteriana. Um grupo de vírus chamados enterovírus constitui a causa mais comum de meningite viral. Os enterovírus encontram-se na garganta e fezes de pessoas infectadas. Estes vírus têm maior possibilidade de ser disseminados quando as pessoas não lavam as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas ou lençóis sujos e depois levam as mãos à boca, preparam alimentos para outras pessoas ou tocam em outras pessoas com os dedos contaminados. Estes vírus podem, também, ser transmitidos por contatos pessoais íntimos, comuns entre membros de uma mesma família. Em geral, as pessoas com meningite viral ficam menos enfermas do que aquelas com meningite bacteriana e se curam espontaneamente. As pessoas em contato íntimo com pacientes portadores de meningites virais não necessitam de tratamento preventivo com antibióticos, mas deverão lavar as mãos freqüentemente com água morna e sabão, ou usar produtos para limpeza das mãos à base de álcool ou gel de álcool para evitar a transmissão desses vírus. De modo geral, ocorrem mais casos de meningite viral no fim do verão e no começo do outono.

Quais são os sintomas de meningite?
Os sintomas de meningite podem surgir repentinamente. Febre, dor de cabeça forte e constante, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos, podem ser sinais e sintomas de meningite.
Manchas vermelhas pequenas ou grandes na pele, podem ser sinal de gravidade e de “meningococcemia”. Mudanças de comportamento como confusão, sonolência e dificuldade para acordar podem também ser sintomas importantes. Em recém nascidos e lactentes, os únicos sinais e sintomas de meningite podem ser febre, irritação, cansaço e falta de apetite. Sempre que alguém apresentar ou observar esses sintomas deve procurar imediatamente assistência médica, para assegurar-se do diagnóstico e iniciar o tratamento o mais precocemente possível.

Como as bactérias e vírus que causam meningite são transmitidos?
Os vírus que causam meningite podem ser transmitidos pela saliva ou pelas fezes. As bactérias que causam meningite são geralmente transmitidas de pessoa para pessoa pelo contato com saliva infectada. A maioria das pessoas pode já ter imunidade (proteção natural) contra muitos desses vírus e bactérias.

Como é possível evitar a meningite?
Para as pessoas que tiveram contato próximo com doentes com meningite causada por certos tipos de bactérias já citadas, os profissionais de saúde deverão orientar sobre a necessidade do uso de medicação preventiva (quimioprofilaxia com antibiótico). Esta medida é realizada pelo serviço de saúde local, na residência, na creche e em outras situações específicas, no sentido de interromper a cadeia de transmissão da doença. O hábito de lavar as mãos freqüentemente com água e sabão ou de usar produtos para a limpeza das mãos à base de álcool ou gel de álcool pode ajudar a interromper a disseminação de muitos vírus e bactérias. Ao evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres, estarão também ajudando a interromper a transmissão dos germes. Além das medidas acima, existem vacinas para prevenir as meningites, mas não para todos os tipos de bactérias que causam
meningite. Ainda não existem vacinas contra os vírus que mais freqüentemente causam meningite. Existem cinco vacinas que podem auxiliar na prevenção da meningite:

! A vacina contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
está disponível na rede pública nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Adultos e crianças mais velhas com quadros clínicos especiais e risco aumentado de adoecer (grupos de risco) devem ser avaliados por seu médico e, se necessário, podem ser vacinados nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE)
.
! A vacina conjugada pneumocócica 7-valente (PCV7)
- composta por sete sorotipos - é recomendada para crianças a partir de 2 meses de idade. Encontra-se disponível na rede pública apenas nos CRIE para os grupos de risco.

! A vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente
(PPV23) – composta por vinte e três sorotipos – é indicada para indivíduos com 2 anos de idade ou mais. Na rede pública está disponível nos CRIE para os grupos de risco.
! A vacina polissacarídica meningocócica protege contra os sorogrupos A e C de N. meningitidis, está indicada para indivíduos com 2 anos de idade ou mais e confere proteção durante cerca de três a cinco anos. Na rede pública do Estado de Minas Gerais, esta vacina tem uso indicado para controle de surtos/epidemias ( OURO BRANCO /MG) ou para grupos de risco.

! A vacina meningocócica conjugada C protege contra o sorogrupo C de N. meningitidis que causa as formas graves da doença. Esta vacina foi aprovada para ser
administrada a partir dos 2 meses de idade e induz proteção de longa duração. Na rede pública do Estado de Minas Gerais, está indicada para controle de surtos/epidemias e para os grupos de risco está disponível nos CRIE.

Como as meningites são tratadas?
As meningites bacterianas precisam de tratamento imediato com antibióticos específicos e em ambiente hospitalar. As meningites virais podem ou não necessitar de internação, mas essa avaliação deve sempre ser feita por médico qualificado. O tratamento inclui repouso e cuidados gerais, não precisa ser tratada com antibióticos.

Como você pode colaborar?
 Diante da suspeita de meningite, procurar imediatamente atendimento médico, evitando remédios caseiros ou receitados em farmácia;  Evitar mandar crianças com febre para a escola e, sim, procurar serviço médico;  Comunicar à diretoria da escola o motivo da falta da criança;  Manter as medidas recomendadas de limpeza e higiene.

ATENÇÃO: Por ser contagiosa e causar epidemias, TODOS os casos suspeitos de meningite devem ser notificados aos serviços de saúde pública, o mais rápido possível, para que as medidas de prevenção e controle sejam efetivadas, de forma oportuna e adequada. Para notificar casos suspeitos de meningite, recomenda-se entrar em contato com:
- Secretaria Municipal de Saúde e/ou;
- Secretaria de Estado da Saúde e/ou;
- Ministério da Saúde.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fim de mandato à frente da Associação Médica de João Monlevade

Chegamos ao fim do mandato à frente da AMJM. Foram ótimos anos de convivência, de aprendizado. Pude conhecer melhor os colegas, pude sentir a experiência de trabalhar voluntariamente pelo outro, abdicar de horas de consultório e vida familiar para trabalhar em prol de uma causa. Relembrando: Foram 3 Jornadas Médicas, 3 Semanas  do Médico, Curso de Vinhos, Plantio de mudas de Ipês, Aulas de atualização na Sede da AMJM, Discussões com Prefeitura a respeito de políticas públicas de saúde, discussões e várias reuniões a respeito da Urgência e Emergência no Município, Cine Pipoca, reforma da cozinha do Projeto Vida Nova,  compra de equipamentos para a sede ( computador novo, Retroprojetor, Notebook), doação de TV LCD 40' para o bingo do Hospital Margarida, revisão e atualização do Informativo mensal da AMJM.
Agradeço a todos os Diretores que estiveram comigo à frente da AMJM no período de 2008/2011.
Penso que,  a exemplo das outras diretorias, fizemos diferença. Diferença que fez a AMJM crescer um pouco mais. E o importante é sempre crescer, amadurecer e fortalecer. Sinto que a classe médica vem se fortalecendo, a cada dia, através da AMJM.
Saio com a tranqüilidade do dever cumprido e ciente que não agradamos a todos. A vida é assim mesmo! Paciência. Valeu o esforço.
Um grande abraço a todos os colegas. Desejo muita paciência, perseverança e trabalho aos novos Diretores. Todos muito capacitados e reconhecidos pela competência no meio médico. Boa sorte !

Fotos de alguns eventos da AMJM ( 2008/2011):


Cozinha do Projeto Vida Nova, no Bairro São João, após a reforma



Inauguração Cozinha Projeto Vida Nova. set/2011.




Atualização médica na Sede da AMJM

Saúde na Praça 2010














Saúde na Praça 2010

Curso de Secretárias na AMJM




domingo, 9 de outubro de 2011

Saúde Auditiva

Você sabia que....
- nem toda tontura é sinônimo de labirintite. Apesar da maioria das tonturas com caráter rotatório ser de origem do labirinto, existem também causas neurológicas, vasculares e cardíacas para tontura

- o cerume (a popular “cera”) não é sujeira, mas sim parte de um importante mecanismo de defesa do canal do ouvido contra infecções bacterianas e fúngicas

- o zumbido pode ser sinal de algum problema de saúde, não só do ouvido mas também de outras partes do corpo

- o uso do cotonete na parte interna do canal da orelha pode causar lesões e infecções

- som alto, explosões e fones de ouvido podem causar perda irreversível da audição

- o Brasil é um dos campeões mundiais na freqüência de perda auditiva ocupacional induzida pelo ruído

- O ouvido humano detecta sons de 20 a 20000 Hertz, ou seja: desde o mínimo barulho de um pernilongo à noite até o de um avião a jato!

sábado, 8 de outubro de 2011

POLUIÇÃO SONORA. CUIDADO!!

SONS INTENSOS PODEM CAUSAR PERDA AUDITIVA
A exposição a sons intensos é a segunda causa de deficiência auditiva, dano que é possível prevenir mas difícil de reverter. Às vezes, um único episódio de som muito intenso pode causar perda auditiva irreversível. Isto acontece porque o som muito alto lesa as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva que pode levar a zumbidos e distorção sonora.
Os primeiros sintomas de perda de audição induzida por ruído são sutis e geralmente começam pelas freqüências agudas.
Estudos mostram que quatro em cada 10 pessoas expostas a ruídos de 90 decibéis (dB = unidade de medida de intensidade sonora) durante 40 anos têm chance de desenvolver perda auditiva. Pessoas mais sensíveis podem ter suas células sensoriais auditivas lesadas irreversivelmente por um único evento de som acima de 100 dB. Note que essa intensidade é facilmente atingida em cinemas, “baladas” e shows musicais.
Se sua resposta a uma ou mais das seguintes questões for “sim”, é provável que você freqüenta ou freqüentou ambiente com volume de música potencialmente lesivo à audição:
• Quando a música está tocando, é necessário gritar para se fazer ouvir?
• Você ouve zumbidos depois de ter saído do recinto onde houve música?
• Aparece uma sensação de ouvidos cheios ou diminuição de audição após a exposição sonora?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

I SEMANA DA SAÚDE NA ARCELOR MITTAL

Fui convidado para proferir aula hoje de manha na Arcelor Mittal com o tema SAUDE AUDITIVA. Foi muito legal. Boa participação dos presentes. Agradeço a oportunidade e espero que tenha sido proveitosa.