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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Você sabe o que significa um AVC ( Acidente Vascular Cerebral)?

Acidente vascular cerebral (AVC) , popularmente conhecido como DERRAME é uma das doenças mais freqüentes em serviços de emergência (UE). 
O acidente vascular encefálico se caracteriza pela instalação de um déficit neurológico focal, repentino e não convulsivo, determinado por uma lesão cerebral, secundária a um mecanismo vascular e não traumático. Podemos encontrar, conseqüentemente, AVEs secundários a embolia arterial e processos de trombose arterial e/ou venosa, causando, assim, isquemia e/ou hemorragia cerebral.

Classificação

Podemos classificar o AVE em dois tipos: isquêmico (quando falta sangue em determinada área do cérebro) e hemorrágico.

a) Acidente vascular cerebral isquêmico (AVEI)

b) Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH):
· Hemorragia intracerebral: corresponde a presença de lesão intraparenquimatosa, (hematoma) levando a sinais e sintomas neurológicos secundários;
· Hemorragia subaracnóidea: neste caso não observamos sinais de sofrimento cerebral intraparenquimatoso, somente se houver complicações posteriores.

Os principais fatores de risco para o AVC agudo em qualquer análise, a saber: hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, Diabetes, obesidade, cardiopatias, tabagismo, etilismo, idade e raça.
Diagnóstico

Os principais exames complementares para o correto manuseio clínico e/ou cirúrgico do paciente são os seguintes:

1. TC ( TOMOGRAFIA) de crânio com contraste venoso: é o verdadeiro divisor de águas entre os AVCs isquêmicos e hemorrágicos;
2. MRI de crânio com protocolo de difusão e perfusão: fundamental para indicação de terapia trombolítica no AVC isquêmico, uma vez que delimita a chamada área de penumbra isquêmica já discutida, não é adequado, inicialmente, para o AVC hemorrágico;
3. Ecocardiograma uni e bidimensional com protocolo transesofágico: fundamental para a pesquisa de fontes emboligêmicas;
4. Ecodoppler colorido de carótidas e vertebrais: também vital para a pesquisa de fontes emboligêmicas secundárias a doença aterotrombótica carotídea, bem como ao correto manuseio das doenças obstrutivas carotídeas;
5. Angio Ressonância Nuclear Magnética de crânio e pescoço: fundamental para avaliação de obstruções em nível de vasos do pescoço e polígono de Willis ( artérias principais que irrigam o cérebro);
6. Doppler transcraniano: avaliação dinâmica de fenômenos vasculares intracranianos;
7. Hemograma, VHS, provas de função reumática, provas homeostáticas, sorologia para HIV, CMV, sífilis, hepatite viral HTLV1.

Quadro clínico

Os déficits neurológicos maiores (graves) como as hemiplegias ( paralisia de um lado do corpo), hemianestesias, hemianopsias e afasias globais, associadas ou não a diminuição do nível de consciência, são observados principalmente em doentes com infarto por oclusão de artérias do sistema carotídeo esquerdo.

Na hemorragia cerebral observamos cefaléia, perda e/ou diminuição de nível de consciência, crises convulsivas e vômitos (hipertensão intracraniana). Em pacientes com pequeno sangramento, a cefaléia poderá estar ausente.

Condutas

O acidente vascular encefálico deve ser encarado como de emergência, devendo ser diagnosticado e tratado o mais rápido possível. Podemos prevenir a morte neuronal com a restauração do fluxo sangüíneo cerebral nos valores fisiológicos e dentro de um certo intervalo de tempo (janela terapêutica), com o objetivo de se "salvar" a área de penumbra. Independentemente do tipo do AVE, podemos dividir as condutas na fase aguda em medidas de suporte e tratamento específico.
4. Tratamento no AVE hemorrágico
Podemos dividir os hematomas intracerebrais (intraparenquimatoso) em três grupos: pequeno, médio e grande.
· Hematomas pequenos: neste caso é necessário o controle da pressão arterial, com ajuda de suporte clínico e conduta para impedir a isquemia perilesional.
· Hematomas médios: a monitorização intensiva do quadro neurológico deve ser realizada para determinar as melhores opções terapêuticas.
· Hematomas grandes: independente das medidas adotadas, seu prognóstico é ruim (geralmente é uma emergência neurocirúrgica). A indicação cirúrgica se dá pelo quadro clínico e o volume do hematoma.





No caso, do Técnico de Futebol Ricardo Gomes, optou-se imediatamente por Cirurgia por ser um AVC HEMORRÁGICO EXTENSO. O prognóstico, ou como irá se recuperar ainda é uma incógnita. Somente o tempo poderá dizer.


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