CLÍNICA ALPINO

AUDIOMETRIA, TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL, FIBRONASOLARINGOSCOPIA, BERA.
DOENÇAS DO OUVIDO, NARIZ E GARGANTA

domingo, 4 de setembro de 2011

A OTORRINOLARINGOLOGIA OFERECE TECNOLOGIA DE PONTA PARA SURDOS OUVIREM: IMPLANTE COCLEAR

O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral.
O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O aparelho auditivo convencional amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som.
Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear.
Com a evolução tecnológica, os implantes cocleares atuais já são considerados de 3ª geração. Com isso, são considerados candidatos ao uso do dispositivo de Implante Coclear, crianças a partir dos 12 meses de idade e adultos que apresentam deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau severo e profundo e que não obtiveram benefícios com o uso de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual.
A avaliação dos pacientes candidatos ao Implante Coclear é realizada por meio de uma equipe interdisciplinar, composta por médicos otorrinolaringologistas treinados (otologistas), fonoaudiólogos, psicólogos e outros.
No entanto, os resultados variam de individuo para individuo, em função de uma série de fatores, entre eles, memória auditiva, estado da cóclea, motivação e dedicação e programas educacionais e/ou de reabilitação.
Candidatos que poderão apresentar um melhor benefício com o uso do implante coclear:
ADULTOS:
 

1) idade acima de 18 anos, com deficiência auditiva neurossensorial pós - lingual bilateral severa ou profunda;
 2) que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou seja, apresentarem escores inferiores a 40% em testes de reconhecimento de sentenças do dia a dia;
  3) tempo de surdez ser inferior a metade da idade do candidato (em deficiências auditivas progressivas não há limite de tempo);
 4) deficiência auditiva pré-lingual tem benefício limitado e só é indicado em pacientes com fluência da linguagem oral e com compreensão desta limitação;
 5) apresentarem adequação psicológica e motivação para o uso do Implante Coclear.
CRIANÇAS:

1) idade até 17 anos, com deficiência auditiva neurossensorial bilateral severa ou profunda;
 2) preferencialmente indica-se o Implante Coclear em deficiência auditiva pré -lingual até os 6 anos de idade. Salienta-se que a idade ideal é a partir de 1 ano;
   3) adaptação prévia de AASI (aparelho auditivo) e (re)habilitação auditiva intensiva para verificar se há benefício deste dispositivo principalmente nas deficiências auditivas severas;
  4) apresentarem incapacidade de reconhecimento de palavras em "conjunto aberto";
  5) serem provenientes de famílias adequadas e motivadas para o uso do Implante Coclear;

Para a indicação cirúrgica do implante coclear é necessário que o indivíduo submeta-se a diferentes avaliações, que fazem parte da etapa pré-cirúrgica e que serão realizadas por médicos, fonoaudiólogas, assistentes sociais e psicólogas com o objetivo de definir a indicação do implante coclear.
A cirurgia do Implante Coclear é realizada para inserção do dispositivo interno (receptor-estimulador e cabo com filamento de múltiplos eletrodos).

Após a inserção dos eletrodos já é possível a realização da telemetria de impedancio dos eletrodos e telemetria de respostas neurais (testes que permitem avaliar o funcionamento dos eletrodos na sala de cirurgia, ou seja, antes de fechar a incisão). 

anatomia do ouvido

Implante Coclear: componente interno e externo




Geralmente, a cicatrização completa ocorre entre 3 e 5 semanas após a cirurgia. No entanto durante este período, o indivíduo é capaz exercer suas atividades normalmente.
Em condições ideais os pacientes permanecem de dois a três dias no hospital após a realização da cirurgia.
Entre as complicações cirúrgicas descritas pela literatura científica internacional em pacientes submetidos à cirurgia para inserção do Implante Coclear incluem-se:
    

     • paralisia facial;
     • necrose tecidual no leito cirúrgico;
     • extrusão dos eletrodos;
     • mal posicionamento dos eletrodos;
     • presença de zumbido;
     • alterações vestibulares na primeira semana do pós-operatório;
     • e/ou defeito no componente interno.


Após a cicatrização cirúrgica, o paciente retornará à equipe do Programa de Implante Coclear para ativação dos eletrodos. É recomendado que a ativação dos eletrodos ocorra aproximadamente, quatro semanas após a cirurgia.



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